'Minha
conquista serve de exemplo', diz 1ª travesti doutora do Brasil
Professora com
título de doutora diz que educação combate o preconceito.
Luma Andrade defendeu
estudo de doutorado na Univ. Federal do Ceará.

Além do pós-doutorado, ela tem como objetivo ser
professora de uma escola federal no Ceará. Luma fez concurso público em 2010,
quando ainda tinha no documento de identidade o nome de João Filho Nogueira de
Andrade. Ela foi reprovada pela banca e recorreu do resultado, alegando ser
vítima de preconceito. "Cerca de duas horas eles avaliaram o exame de
várias pessoas, não há como isso ser feito, foi o que eu afirmei na
justiça". Luma venceu em primeira instância, e a Universidade Regional do
Cariri recorreu da decisão.
Ela sempre trabalhou como professora e atualmente
acumula cargo na Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação na
região cearense do Vale do Jaguaribe, que tem sede em Russas, no interior do
estado. Quando começou a lecionar, Luma diz que sofreu resistência, da
diretoria da escola, de alunos e de pais dos alunos. "Como eu era a
única da região que tinha formação para lecionar algumas disciplinas, eu fiquei
como professora, mas o início foi bem difícil. Depois de inserir naquele meio,
entendendo a sala de aula, passei a uma das professoras mais queridas da
escola", conta. Luma Andrade é filha de agricultores analfabetos,
nasceu na cidade de Morada Nova, a 163 quilômetros de Fortaleza, e, no dia da
mulher de 2010, ganhou o direito de mudar o nome nos documentos sem a operação
de mudança de sexo.
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